Na imprensa
Joshey Leão
Joshey Leão foi, sem dúvida, uma grande personalidade pública. Seu talento e carisma fizeram com que fosse constantemente citado nos principais jornais impressos da época, também muito requisitado em programas de TV.
As citações em jornais ainda está em fase de análise, mas podemos afirmar que são mais de 300 citações, entre materias exclusivas, entrevistas, artigos e imagens.
Aqui você encontrará 42 matérias, 18 transcritas. Em Minha Vida, Joshey Leão. De 1957 a 1965 mais cerca de 100 reportagens, em breve, mais estarão transcritas.
Consideramos a matéria Um Drama para o Ballet, escrita por sua mestra e amiga Marília Franco, a mais importante, onde ela descreve a trajetória de Joshey Leão desde o primeiro dia que o conhece, ao ingressar na Escola Municipal de Bailado (1949), como aluno iniciante, aos 21 anos de idade até o momento presente, quando Joshey Leão sofre um grave acidente durante um espetáculo, em 10 de novembro de 1963.
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Nas transcrições, foi mantida a forma original da escrita.
UM DRAMA DO BALLET
Uma carreira brilhante em luta contra a fatalidade
por Marília Franco
Em fins de 1948, sendo já coreógrafa e professora da Escola Municipal de Bailados da Prefeitura, procurei reorganizar o Corpo de Baile dessa entidade, o que somente consegui em março de 1949.
Entre os alunos que deveriam compor o corpo de baile estava inscrito um rapaz: José Leão de Carvalho, nome esse que pouco significava naquela época, mas... e hoje?
Hoje é um símbolo de força de vontade, dedicação e bem querer a uma arte que é muito linda, mas que sacrifica muito a seus filhos.
Quem era o aluno José Leão de Carvalho?
Para ser sincera, eu naquela época também não sabia. Estava o seu nome no meu livro de chamadas, mas ele nunca comparecera à Escola e as aulas tinham-se iniciado havia mais de um mês.
Numa certa manhã de fins de abril, estando eu em minha sala preparando-me para as aulas matinas, recebi aviso de que um rapaz desejava falar-me. Fui encontrar um jovem magro, de olhar tímido, ombros estreitos e me encarando seriamente, aproximou-se e disse-me:
“Eu sou aluno da senhora, mas estive viajando e só hoje pude comparecer às aulas.” Estendeu-me um pacotinho dizendo: “É para a senhora, uma lembrança da minha viagem. A senhora precisa ser paciente comigo, adoro a dança, mas tenho pouco tempo de estudos”.
— Sorri e prometi ajudá-lo.
Foi assim que vi, pela primeira vez, aquele aluno que seria o meu maior orgulho, o meu partenaire e grande amigo: Joshey Leão.
A carreira de Joshey não foi fácil, ao contrário. Ele era rebelde e um pouco preguiçoso de início e o pior de tudo... indiferente demais às aulas. Tinha um grande talento, isto é indiscutível, aliado a uma grande
simpatia.
Cada vez que eu começava a desanimar-me e a zangar-me, por sua pouca assiduidade às aulas, lá vinha o Joshey com um ramalhete de flores, um sorriso e promessas... E assim fomos levando por algum tempo. Tempos esses, de auge da Temporada Lírica.
Montei um minueto para a opera “Manon Lescaut”, onde Joshey dançaria com a cantora principal. Esse bailado causou preocupações, pois ele não levou a sério sua responsabilidade e não decorou a coreografia. Por fim chegou a noite de estréia e Joshey, usando de seu desembaraço e simpatia, fez
um “crochet” da minha coreografia, mas saiu-se airosamente bem para o público. Foi seu primeiro triunfo, o qual lhe valeu o prêmio de “Revelação do Ano”.
Não era de se desesperar? Tanto talento, tantas possibilidades e Joshey não levava sua carreira a sério.
Certo dia, em 1950, dona Maria Carmen Brandão telefonou-me perguntando-me se eu teria um bailarino que pudesse integrar seu conjunto profissional de bailado, pois havia contratado um mestre de origem russa com talento rígido e sério. Os elementos da escola sempre “brincavam” muito.
Lembrei-me logo de Joshey e mandei o nome para Carmen para conversar com ela.
Pensei comigo mesma: “quem sabe se trabalhando com um mestre estrangeiro, ele levará a sério a sua carreira?”
E assim foi-se o Joshey para o conjunto de dona Maria Carmen.
Foram anos profícuos. Joshey começou a desenvolver a sua técnica de dançar com mais segurança e obtem seu segundo troféu, dançando “Narciso” com coreografia de Maria Carmen Brandão. Seu professor, mestre Serge Murchatov, estava contente com seu aluno e este com seu mestre... mas a Fatalidade interferiu e o mestre Serge morreu!
Joshey continuou com dona Maria Carmen, mas faltava-lhe o apoio de uma mão mais enérgica. Dona Maria Carmen era para ele uma mãe carinhosa, boa e compreensiva, mas Joshey começou a relaxar seus estudos novamente.
Em julho de 1952, recebi um convite para ir com meus alunos, dar uma sessão de bailado no Leprosário Sto. Angelo. A festa se deu no dia 2 de agosto, data da fundação dessa entidade. Como eu estivesse sem partenaire, pois Johnny Franklin havia ido para o Rio de Janeiro e Ernesto Teccerari para a Alemanha,
resolvi convidar Joshey para dançar comigo “Silfides”. Ele aceitou e no dia marcado, lá estávamos os dois firmes e contentes. Foi um grande sucesso! Vimos e sentimos que nos entendíamos perfeitamente dançando, resolvendo então formos uma dupla permanente.
Joshey então, tornou a ingressar na Escola Municipal de Bailados, onde ficou como aluno até formar-se. Como estava levando seus estudos de ballet muito a sério, convencemo-nos, eu e meus familiares, de que deveria praticar halterofilismo, pois assim com o tempo poderíamos dançar um gênero novo e não só o ballet clássico, que os russos o praticavam: “O Clássico Acrobático”.
Dava gosto ver-se os progressos de Joshey e durante quatro anos, foi só estudos e mais estudos...
Coreógrafos de renome, de passagem por São Paulo, montaram para nós grandes ballets e assim no russo. Foi um sucesso e obtivemos todos os laureis como os melhores bailarinos do ano.
Foi assim que firmamo-nos no gênero clássico acrobático, no qual o bailarino, além da técnica, deve ter: leveza, agilidade, visão fotográfica e força. Não essa força bruta, mas sim, uma grande força elástica.
E só Joshey conseguiu reunir todos esses fatores, sendo por isso que arrebatou troféus e mais troféus, pois, além de ser o pioneiro nesse gênero, era o único.
As outras escolas de bailados que anteriormente não davam o mínimo valor a Joshey, agora o disputam. Que ironia, não? “O brilhante, quando coberto por uma grossa capa de cascalho, passa despercebido, mas depois de descoberto e lapidado, todos o cobiçam... todos o querem!”
E Joshey, apesar de continuar firme como meu partenaire, deu mostras de superioridade e dançou também com as bailarinas das outras escolas, fez treinos com outras mestras: Maria Olenewa e Halina Biernacka. Foi assim que pudemos vê-lo com Cecilia Bott na “Valsa do Espaço”, na qual, ele arrebatou o público, tanto como o fizeram os russos no mesmo bailado, pois apresentou-se em pé de igualdade com os primeiros. Depois de Cecilia Bott, dançou com Lara Rossi, no desabrochar da carreira dessa talentosa e promissora bailarina e é a Joshey que Lara deve parte de sua fama!
Durante esse período de tempo, montei para Joshey Leão-Maria Helena Mazzetti e corpo de Baile da Escola Municipal (Joshey já era então professor nessa escola), o bailado “Lenda de Narcisus”, baseada na lenda grega e com música de Debussy. Os troféus foram poucos para premiar essa realização, pois o desempenho de Joshey e Maria Helena foi soberbo.
E a aclamação pública continua para aquele que elevou tão alto o nome do nosso ballet. O Rio de Janeiro convida-o para ingressar na Fundação Brasileira de Balet, mas Joshey é professor aqui e vendo desabrocharem seu carinho, novas florzinhas em seu canteiro, recusa o convite. Novo sacrifício para Joshey Leão.
Os bailados continuam e Joshey monta uma coreografia para dançarmos: O Cavaleiro da Rosa, um grande sucesso!
Confesso que ambos estávamos nervosos na estreia, era a primeira coreografia para profissional que ele montava, mas valeram os esforços. Surge então com Joshey um sério problema: há um ano atrás, ele machucara a perna na qual formara-se um pequeno edema sobre a tíbia.
Joshey, temendo a inatividade, não quis operar-se, preferindo fazer aplicações de rádio, mas parecia não haver grande resultado.
O grande problema dentro de tudo isso eram os saltos de Joshey... Sua grande especialidade sempre foram os saltos, os quais eram maravilhosos em altura e linhas... e ele se ressentia, em cada vez que dançava.
Em setembro de 1963, levei um grupo de alunas para o “Segundo Encontro das Escolas de Dança do Brasil” em Brasília, tendo convidado Joshey para ir como partenaire das minhas alunas, convite que foi por ele aceito.
Foi um delírio o “Pas de Deux” dançado por ele com Maria Angela D’Andréa, assim como o “Soirée Musical”, dançado por ele com Maria Angela, Maria Lucia de Souza, Sônia Motta, Vera Moreira, Toshie Kobayashi, Eliete Juca e Anamaria de Souza. Seus saltos, sua agilidade, sua força, seu físico privilegiado, fizeram furor.
Embalada por esse sucesso, em fins de outubro marquei uma coreografia para Joshey e Maria Angela, na Temporada Lírica.
Era para a ópera Traviata, e os dois dançariam um “Pas de Deux” estilizado: clássico espanhol. Na variação de Joshey havia uma série de saltos que coloquei a pedido dele, onde ele desafiava as leis da gravidade.
Preocupei-me e disse-lhe que não saltasse muito alto, pois que, temia pela sua perna.
Estrearam com enorme sucesso, assim como na segunda apresentação. No entretanto, domingo, dia 10 de novembro, foi programada uma matinê para reafirmação da ópera e Joshey, juntamente com Maria Angela, Gil Saboya e Francisco Greco (os dois últimos solavam a parte dos ciganos), estavam eufóricos e felizes com os sucessos anteriores, porém preocupados, pois, eu não estaria no teatro, havia sido operada na véspera. No entanto, tudo correu bem, até o momento dos saltos. Joshey, entusiasmado com seus sucessos anteriores, esqueceu-se de tudo que não fosse o “elan de sua dança” e começou a saltar cada vez mais alto, quando de repente, ao tocar o solo, sentiu algo na perna doente... um estalo... um dor horrível!! Quebrara o osso em fragmentos... a tíbia enfraquecida pelo excesso de aplicações de rádio, aliada ao excessos de ensaios, que ele vinha tendo com várias bailarinas de outras escolas, foi resistir...
Justamente agora, Joshey acabara de receber da União Brasil-Rússia a ambicionada bolsa de estudos (há tanto tempo aguardada), para ir se aperfeiçoar na Rússia, no Teatro Bolshoi. Um ano de estudos no país do ballet!
E assim começou o drama... operações e mais operações... dores sem fim, esperanças e mais esperanças...
Quando voltará Joshey às suas atividades de professor e bailarino?
É o que todos perguntam... Seus amigos e irmãos de arte sofrem também e pedem a Deus diariamente que devolva a Elenice o seu professor dileto, a mim o meu partenaire amigo, ao público o seu bailarino favorito e a São Paulo, seu artista que é seu orgulho:
— JOSHEY LEÃO!
MARILIA FRANCO
1973
1976
Joshey Leão no Nostro Mundo
Jornal Notícias Populares
2 de fevereiro de 1976
1706-1
02/02/1976
JOSHEY LEÃO NO NOSTRO MONDO
Nostromondo é um recanto do mundo transformista frequentado
por Joshey Leão às quintas e sextas-feiras. Ele comanda um show travesti,
denominado Alucinacion, que reúne algumas bonecas, na maioria suas alunas:
Condessa, Norminho, Ângela, Nadja, Lola, Luís Carlos, Hélvio, mais os
bailarinos Dick, Jorge, Wilmar e outros. A direção musical é do Manolo e a
coreografia e supervisão é do próprio Joshey. Nos outros dias o Nostromondo
também dá show. Mas, comida, somente aos domingos. Fica na Rua Consolação, lá adiante.
L’AMIRAL, boate que reparte a Marquês e Hu com o Maurício
Bar no roteiro da boemia, está organizando a Festa do Sarong para quinta-feira.
Responsáveis por essa nova alegria se chamam Osmar Penha e Pepito Orioli, mais
omíete e serpentina.
SICAM, a entidade que cuida dos direitos autorais de muita
gente boa, entrou neste fevereiro sambando na vida noturna, com vários artistas
apresentando os sucessos deste carnaval.
CAPTAIN’S Bar já iniciou sua participação nos desfiles de
Momo sábado último e prossegue sábado que vem com o concurso da melhor marcha e
do melhor samba, mais outro que elegerá a Rainha do Carnaval.
SOM DE CRISTAL, dá o primeiro berro na sexta-feira próxima,
repetindo esse grito nas sextas-feiras seguintes.
VIENA-BERLIM, a boate que Kurt Kriebel e Carlito comandam na
Rua Domingos de Moraes, também entra firme neste carnaval com algumas festas
destinadas a reunir a antiga e nova frequência em ritmo de morro. O
Viena-Berlim recolhe em sua penumbra a boemia remanescente do antigo Saxonia,
que o Metró levou.
“ADAUTO Santos é peça diária de destaque nas trancas que o
Bar Badinho realiza em torno do seu bom uísque, na Rua Barão do Triunfo, em
Santo Amaro. Trata-se de um ambiente fino, com vinte mesas, com lanches,
canapés, caviar e aperitivos, um dos quais é o Sun Shine, feito de licor e
champanhe e servido em peças de abacaxi.”
GARUFA é casa de tango, com Carlos Esteves liderando desfile
de Carlos Gardel. Essa boate fica na Amaral Gurgel. Outro endereço de tango é a
churrascaria Argentina, com um desfile de cantoras importadas. Fica na Rua
Augusta.
DISCO VERDE é um restaurante dançante que reforça a beleza
noturna da Av. Washington Luís, com cozinha italiana e internacional.
QUINTETO PAGÃO é atração permanente no Barracão, uma
churrascaria que bebe muito chope com samba, completado pelo Guanabara Trio e o
Grupo Tarântulas. Fica na Av. São Gabriel.
Joshey Leão (legenda da foto)
O balé das multidões
Jornal Diário de São Paulo
28 de agosto de 1976
1710-1
28/08/1976
O balé das multidões
Com o Ginásio de Esportes da Sociedade Esportiva Palmeiras
superlotado, coisa nunca vista, realizou-se no último dia 15 um espetáculo de
balé, anualmente renovado, como parte das comemorações das festividades da
fundação do clube de professores e alunos da Escola Municipal de Bailado.
O programa foi aberto com «Chopiniana» que revelou o novo
talento Lenisa Rocha que, apoiada pelo renomado Joshey Leão, deu enorme relevo
ao famoso «pas de deux». Na segunda parte dançaram Tochio Kobayashi e Mozart
Xavier em «Pássaro azul»; Elizabeth Durão e Pedro Kraszuk em «Romeu e Julieta»
e Jacy Rhormes e Jorcir em «Spartacus». Finalizando, Aracy de Almeida e Joshey
Leão em «Valsa mascarade». Aracy, numa coreografia do próprio Joshey, confirmou
ser uma das estrelas máximas dos palcos paulistanos. A dupla foi aplaudida de
pé e teve que repetir o número. A terceira parte do programa foi executada por
alunos da Escola Municipal de Bailado, destacando Sergio Royes e Vania
Greibus.”
O Quebra Nozes
Jornal Última Hora
1 de dezembro de 1976
1718-1
15/08/1976
O quebra-Nozes: Um sonho de Clara. Com fadas, príncipe e
muita neve
‘Quebra Nozes’ estará, com um elenco de mais de 180 pessoas
(de 1 a 5 de dezembro), no Teatro Municipal de São Paulo. Essa é uma das peças
de balé clássico mais apresentadas em todo o mundo. Composta de dois prólogos e
dois atos: “O Quebra Nozes”, de Tchaikowsky, foi criado em 1882, no Teatro
Maryinsky (atual Kirov), em São Petersburgo. Naqueles tempos, o libreto de
Petipa mostrava uma versão de Alexandre Dumas, de um famoso conto de Hoffman.
A PEÇA
Essa peça conta a história de uma menina, Clara, que em
plena noite de Natal, adormece sob a árvore, depois de ter ganhado um
quebra-nozes, em forma de soldadinho, de seu padrinho Drosselmeyer. Aí, Clara
começa a sonhar e o quebra-nozes transforma-se num príncipe. Este, acaba por
conduzi-la ao Reino das Neves, onde são saudados pela Rainha das Neves e
presenciam o redemoinho provocado pela dança dos flocos de neve. Na segunda
etapa da viagem — o Reino dos Doces, governado pela Fada Açucarada — a viagem acaba
sendo tumultuada por um combate entre os ratinhos e os soldadinhos; além do
que, a história está cheia de aventuras dançadas pelos personagens coloridos,
que povoam o mundo da fantasia e da criação infantil.
SEMPRE SUCESSO
Mas não se pode pensar no “Quebra Nozes” como um balé para
crianças. Muito ao contrário, com o passar do tempo, criou-se uma verdadeira
tradição em torno desse espetáculo. Montada e remontada, pelos bailarinos, o “Quebra
Nozes” percorreu o mundo todo. Em 1919, foi a vez de Gorsky fazê-lo. Dez anos
mais tarde, Lopoukhov e atualmente pertence ao repertório do Bolshoi (na versão
de Lavrowsky), do Royal Ballet da Inglaterra (versão de Nureyev) e do New York
City Ballet (versão de George Balanchine). No Brasil, foi apresentado pela
primeira vez, pela “Associação de Ballet do Rio de Janeiro”, com esse mesmo
elenco que veio a SP, em novembro de 1974, no Teatro Municipal do Rio. Já nesse
primeiro momento, o sucesso de público foi total, tanto para adultos como para
crianças. Do mesmo modo, procurou manter a tradição iniciada nesse ano, montando
para o ano seguinte o “Quebra Nozes”, ainda no Rio de Janeiro.
Um balé cheio de intenções
A coreografia é de Dalal Achcar. Os cenários e figurinos, de
Nilson Penna. Um elenco de mais de 180 pessoas que inclui o Corpo de Baile da
Associação de Ballet do Rio de Janeiro, figurantes escolhidos em São Paulo e
dois bailarinos convidados: Fernando Bujones, do American Ballet Theatre, e Wilfried
Piollet, da “Danceuse Etoile” da Ópera de Paris. Os cenários são apresentados
em três quadros e o número de figurinos chega a 300 criações.
Segundo Marcia Kubitschek — o “Quebra Nozes” é um dos
grandes clássicos do repertório internacional. “E a versão que será apresentada
em São Paulo, será como a original apresentada em São Petersburgo”. Essa
iniciativa teria como objetivo principal abrir um novo “caminho de cooperação e
intercâmbio entre o balé paulista e carioca” — destacou Marcia.
Ao mesmo tempo, há outra intenção: é a de divulgar o balé no
Brasil. “Estou tentando motivar esse trabalho no Brasil. Eu acredito que ele vá
dar uma abertura, tanto entre as escolas, como também entre aqueles que estão
apoio das autoridades locais, como prefeituras etc...” — explica Dalal Achcar,
coreógrafa.
AS CRIANÇAS
Quanto ao “Quebra Nozes” — que estará no Municipal de São
Paulo, Dalal fala que se trata de uma iniciativa nova, no Brasil. “E a ideia de
pôr gente nova no balé. Isso cria uma ligação maior entre os já profissionais e
os amadores, resultando na maior consciência, do que o balé realmente
significa. Ao mesmo tempo que profissionaliza, cria uma tradição de trabalho.
No mais, pôr gente nova, ao lado de solistas consagrados, desenvolve o senso
crítico dos futuros bailarinos e bailarinas, tendo como resultado, o próprio
aperfeiçoamento destes”.
E o critério adotado para a seleção dos novos que deverão
integrar o espetáculo é feita da maneira mais lógica possível. “Em primeiro
lugar, a escolha é feita por conhecimento e idade. Muitas vezes, baseado numa
boa escola, podemos saber que se trata de um bom aluno, pois tomada uma certa
faixa de idade, sabemos que uma técnica mínima deve ter sido ensinada — e
aprendida”. — Acrescenta Dalal.
Por outro lado, Dalal responde às muitas questões que
haveriam surgido quanto à participação de crianças — amadoras — na formação do “Quebra
Nozes”. “É que a nossa coreografia é feita para ser perfeita. Ela apenas tem
sentido de unidade e participação artística. No fundo, é o trabalho bom e
espontâneo da criança”. E finalmente, Dalal Achcar conclui explicando que o
mais importante é a participação da criança. “Principalmente de uma coisa
séria, como um Bolshoi, por exemplo. Pois a criança não vai mais dançar para a
mamãe ver. Ela tem, isto sim, uma consciência profissional. E a ideia de fazer
parte de uma obra de arte não para ser a estrela, mas sim como trabalho de
comunidade, como parte de um todo, que é o balé”.
A evolução vagarosa do balé:
Os apaixonados se desanimam e os novos não se revelam
Assunto atual, o balé tem despertado a atenção, em
particular da nossa juventude estudantil. Assim, ao que tudo indica, não fica
mais restrito àquele tradicional público. Mesmo assim, o que se pode notar é
que de uma forma ou de outra as verbas destinadas às companhias ainda não
deixam seus integrantes satisfeitos. Pois, enquanto na Europa e Estados Unidos,
um bailarino de grau médio, pode ganhar três mil dólares (trinta mil cruzeiros)
mensais, em São Paulo, a média é de seis mil cruzeiros.
Esse fato, não só acarreta um esvaziamento no mercado de
trabalho — para os profissionais do ramo —, como ao mesmo tempo, priva o
público de frequentes apresentações. Esta falta de apresentações gera por sua
vez desconhecimento do assunto e não cria o que se pode chamar de uma prática,
uma tradição de público — em termos de plateias. A coisa vai crescendo como
bola de neve e no final, o mais prejudicado, ao lado do próprio público,
privado dessa arte, o próprio balé, que quando não se vê estagnado no tempo,
pode até sofrer alguns retrocessos. É o que se conclui das entrevistas
abaixo.
SEM PERSPECTIVAS
Para Maurice Vaneau - atual diretor do Teatro Municipal de
São Paulo - não se trata de discutir as perspectivas - no Brasil - do balé
clássico ou moderno. “As perspectivas do balé clássico não são diferentes
daquelas que encontra o moderno. O caso a ser discutido é o próprio balé, isto
é, a preocupação com a formação de bailarinos e o mercado de trabalho para
esses bailarinos”.
E ao mesmo tempo, Vaneau alerta que não são poucas as
academias de dança em São Paulo. Ao contrário, segundo ele, “há um número
inacreditável delas. No mundo inteiro, talvez duas ou três cidades tenham o
mesmo número que tem São Paulo. O que ocorre é que elas estão lotadas com
crianças e adolescentes do sexo feminino. Quase nenhuma tem rapazes. E se a
coisa não mudar, no futuro, o Brasil terá que ser quem sabe? - precursor de
companhias apenas de mulheres”.
Por outro lado, ele explica que não é apenas isso que
esvazia as perspectivas do balé no Brasil. “A profissionalização também é
difícil. O homem, em especial, encontra outros obstáculos, pois suas famílias
não gostam que seus filhos estudem balé. É o problema do machão estar no balé”
e prossegue Maurice Vaneau:
“E mais: depois de formado não há mercado de trabalho. Ou
seja: outro obstáculo. Assim, o balé continua a existir aqui, pela força de
vontade de alguns poucos. Mas se isso não for modificado logo, tornar-se-á cada
vez mais difícil continuar esse trabalho”.
No entanto, o público parece cada vez mais interessado pelo
balé, seja ele clássico ou moderno. Maurice Vaneau tem a resposta: “Por parte
do público, há um grande interesse. Vou dar um exemplo. Hoje os bailarinos
estão ganhando quase 6 mil e quinhentos cruzeiros, o que dá uma certa
estabilidade. Isto é, apenas para uma base profissional, e não para todas as
Companhias. Mas se isso acontecesse em todas, aí sim, em breve haveria
condições para uma larga atividade profissional” — conclui.
EVOLUÇÃO
Mas para Ruth Rachou — professora e bailarina — a coisa é
mais simples. “Eu acho que as coisas estão evoluindo, devagar, mas estão.
Quanto ao campo profissional, sempre há. O que está em falta é a parte
financeira” — e acrescenta: “Falta realmente uma ajuda mais concreta do
governo. Eles dão ajuda — mas demora e complica mais a vida de um grupo
profissional que quer trabalhar. Quanto às saídas possíveis, eu repito, eu acho
que vai devagar, mas vai melhorando...” E mesmo que o Brasil não tenha tradição
em termos de público, Ruth acha que ele existe: “Público tem... Mas geralmente
há falhas na divulgação — ela é precária e assim a gente tem muitas
dificuldades de levar o público até a sala de espetáculo. É a falta de
dinheiro. O que é uma pena... pois a gente está recebendo nitidamente um grande
interesse do público jovem estudantil. Olhe, e não há suficiente divulgação.
Pois ela é cara e a gente tem que diminuir as despesas. Vai diminuindo até que
está no fim da temporada”.
E finalmente, Ruth Rachou explica que, segundo percebe, há
mais campo para o balé clássico que para o moderno. Isso, por causa do número
de apresentações que o público teve, de um e de outro. Ela fala: “A gente está
começando um movimento pelo balé moderno, mas ele ainda é precário. Quanto ao
clássico, o público já viu muito mais que o moderno. Daí ele não ter se
adaptado às novas fórmulas — no caso a moderna — do balé”.
O BALÉ VAI BEM, OBRIGADO
Joshey Leão é o professor de balé clássico da Escola de
Bailado do Teatro Municipal de São Paulo. E também o primeiro do Brasil a ser
artista laureado pela Câmara Municipal de São Paulo, entre outros títulos. Para
ele, o balé anda muito bem. “Mas já tivemos épocas melhores. Já tivemos grandes
temporadas de balé, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro”. E para
Joshey, essa queda das atividades se deve a uma proibição das Escolas dançarem
no Municipal. “E que saiu uma lei nesse sentido, faz uns quatro ou cinco anos”.
O motivo, ele explica: “Eles dizem que o Municipal não é
para crianças dançarem e, sim, apenas para grupos profissionais adultos. Mas
sempre foi assim, primeiro se mostrava o corpo infantil e na segunda parte, os
convidados e profissionais. Assim, haviam disputas para ver qual escola
apresentava o melhor conjunto”.
E se esses dias vão voltar? — Responde Joshey. “Só volta se
o prefeito revogar a lei que proíbe as escolas de dançar no Municipal. Outra
maneira? Não sei. Pois ali, no Municipal estão as melhores aparelhagens, o
melhor palco e etc... E há outro motivo: faz tempo que São Paulo tinha grandes
conjuntos de balé, como “Ballet do 4.º Centenário”. “Corpo de Baile do Teatro
Municipal”, “Ballet Paulistano” e “Teatro Permanente de Ballet”.
O que falta para o balé é o que Joshey diz: “Eu acho que
enquanto os nossos bailarinos não acabarem com o estrelismo – vão todos ficar
na mesma. Chegou, isto sim, a hora de união e luta pela dança. Acho muito
bonito o que a Dalal está fazendo: ela é uma pessoa lutadora. O que ponho como
ressalva, apenas, é que ela deveria dar mais chances para os bailarinos
brasileiros, pois temos tão bons como os que ela traz de fora: a Aracy de
Almeida, Marika Gidali, Elenice Ferreira, Mariângela D’Andreia e Cristina
Martinelli, Nora Esteves. Dos homens, o Décio Otero, Jorge Siqueira, Jeff
Bittencourt e Audo Loutuff!””
Mala direta
Jornal Última Hora
7 e 8 de agosto de 1976
1715-1
12/11/1976
Joshey Leão: o balé sensual à volta da piscina
Joshey Leão promete fazer muito sucesso com a sua aparição
no filme “O Sexualista” que entra em cartaz o mês que vem. Além do sensual balé
em volta da piscina, Joshey faz um strip-tease. Aguardem.”
Joshey Leão na Festa da Primavera
Jornal Diário de São Paulo
4 de setembro de 1976
1700-1
04/09/1976
Joshey Leão na Festa da Primavera
O bailarino Joshey Leão (foto) estará como «guest artist» no
Festival de Primavera, hoje em Ribeirão Preto, dançando com Lícia Del Nero e o
Ballet Siva. As festividades já contaram com a exibição do Ballet Stagium, que
abriu o festival. O CB Siva foi convidado para o encerramento das atrações e
Joshey Leão integrará o elenco dançando o pas de deux do 2º ato de «O Lago dos
Cisnes». Outra atração para Ribeirão Preto será a atuação da bailarina
neo-clássica Cecília de Oliveira, intérprete principal de «Evolução».”
Joshey Leão, belezura do Nostromundo
Jornal Notícias Populares
14 de novembro de 1976
1713-1
14/11/1976
Joshey, Beleza do Nostromundo
NOSTROMONDO tem a honra de apresentar Joshey Leão às quintas
e sextas-feiras no show Vive la France, comandando um elenco de alta expressão
no roteiro deslumbrante desta capital. A direção musical e a coreografia são do
próprio Joshey, que no momento se destaca no filme O Sexualista, onde sapateia,
dança tango e trava batalhas de judô. O Nostromondo fica na Av. Angélica,
depois da Paulista, misturando as estações no palco e no ambiente.”
Linha aberta
Jornal Diário da Noite
14 de janeiro de 1976
1711-1
14/01/1976
Joshey Leão integrou à sua invejável coleção de troféus mais
três distinções recebidas no ano que passou: «Bailarino do Ano»; «Destaque do
Ano» e «Cinco Personalidades do Ano». O primeiro bailarino do Teatro Municipal
de São Paulo vai atuar intensamente no sentido de que seja regulamentada a
profissão de bailarino e para que o balé clássico tenha um grande impulso neste
ano. Joshey vai também se dedicar ao cinema e ao teatro.
Balé no aniversário do Palmeiras
Jornal Folha da Tarde
13 de agosto de 1976
1707-1
13/08/1976
Balé no aniversário do Palmeiras
Domingo, às 20h30, dentro das festividades de aniversário de
fundação da Sociedade Esportiva Palmeiras, apresentação de um espetáculo de
balé com o próprio conjunto do clube, atuando como solistas Joshey Leão e
Leniza Rocha, em “Chopiniana”.
Joshey também dançará “Mascarade”, fazendo dupla com Aracy
de Almeida.
A Escola Municipal de Bailado, por concessão do Departamento
de Teatros Municipais, apresentará “Exercices” e vários professores convidados
estarão presentes, entre eles Toshie Kobayashi e Mozart Xavier, além dos
bailarinos Jocir Rodrigues, Sérgio Royes e Magali Franco. Os convites podem ser
retirados, gratuitamente, na secretaria do clube.”
Ballet
Jornal A Gazeta Esportiva
22 de agosto de 1976
1719-1
20/08/1976
Ballet
A “Valsa Mascarada” com Aracy de Almeida e Joshey Leão foi o
ponto alto da apresentação de balé realizada no último domingo na Sociedade
Esportiva Palmeiras, com a presença de cerca de 12 mil pessoas, que lotaram as
dependências do clube.
Aracy mais uma vez mostrando ser uma das estrelas máximas
dos palcos paulistanos. Sua técnica perfeita, sua graça, arrebataram a plateia
que aplaudiu a dupla de pé, fazendo-os bisar.
Joshey Leão, o bailarino mais destacado perante o nosso
público, mais premiado por seus técnicos, deu um apelo como partinaire
inigualável apresentando-se admiravelmente e merecendo os contínuos aplausos da
plateia.
Tomaram parte do espetáculo alunos de Ballet da S.E.P. da
Academia Marília Franco, além de professores e alunos da Escola Municipal de
Bailado.
Na abertura com “Chopiniana”, revelou-se um novo talento,
Lenisa Rocha que, apoiada por Joshey Leão, deu enorme relevo ao famoso “pas de
deux”.
Em “Pássaro Azul” reapareceu Toshio Kobayashi com Mozart
Xavier. Ainda no programa “Capricho Italiano”, coreografia de Marília Franco,
dançado por Elizabeth Durão e Pedro Kraszuk. Que nos mostrou ser ele um
bailarino completo e ela mais uma promessa para o Ballet paulista.
Em “Spartacus”, um outro número de destaque com Jacy
Rhormens demonstrando já estar atingindo a perfeição e Jorcir, um parceiro à
altura.
“Exercices”, executado pelas alunas da Escola Municipal de
Bailado, mostrou o elevado nível técnico em que se encontram os alunos da
E.M.B. Sergio Royes e Vania Greibus mostraram grande talento da nova geração.
A Sociedade Esportiva Palmeiras está de parabéns por
apresentar aos seus associados e ao público em geral um espetáculo de tão
elevado nível artístico, exemplo que deveria ser seguido por outros clubes,
destacando a abertura ao público em geral do que se faz em termos de Balé, em
São Paulo e no Brasil.”
I Festival da Primavera de R. Preto
Jornal A Gazeta Esportiva
04 de setembro de 1976
1712-1
04/09/1976
Festival da Primavera de R. Preto
Com a presença inclusive de Joshey Leão, (foto), o
Conservatório Dramático e Musical Carlos Gomes de Ribeirão Preto, promoverá o I
Festival da Primavera, que se inicia hoje no Teatro Municipal. A abertura do
festival contará com a apresentação do Ballet Stagium.
Para abrilhantar este acontecimento será apresentado neste
sábado às 20:30 hs; o Ballet Siwa, e em seu repertório constarão os bailados
“Tradição” e “Degas”, ambos coreografia de Siwa. O último terá a presença de
Eduardo Sucena, no criativo “Chechetti”. O mesmo espetáculo contará com a
participação especial de Joshey Leão, um dos mais destacados bailarinos do
Brasil, que dançará com sua partner Lícia Del Nero o Grand Pas-de-deux do 2º
ato do “Lago dos Cisnes” — coreografia Petipa. Trata-se de um dos fragmentos
favoritos do grande bailarino desde a sua nomeação como Danseur Noble do Teatro
Municipal em 1958, e desde essa época até os dias de hoje dançou os mais
famosos bailes clássicos, com os quais alcançou todas as glórias de sua
carreira, sendo laureado com o mais famoso prêmio de “Artista Emérito”,
conferido pela Câmara Municipal de São Paulo.”
Balé no Anhembi com Joshey Leão
Jornal A Gazeta
2 de dezembro de 1976
1714-1
02/12/1976
Balé no Anhembi com Joshey Leão
A Escola Municipal de Bailado fará sua festividade de
encerramento do ano letivo, hoje às 20h30. A entrada é grátis, mediante a
retirada de convites no local.
A programação será dividida em 3 partes. A primeira,
Exercices, com música de Czerny e com coreografia de Marília Franco, para um
conjunto de 38 alunos, liderados por Vania Greibus e Sergio Royes.
A 2ª parte será em Divertissement de nove números, onde além
da apresentação dos formandos, teremos a participação dos professores Mozart
Xavier, Jacy Rhomerns, Mariana Natal e das bailarinas Magali Franco, Leniza
Rocha e Bete Durão.
Na 3ª parte, com música de Offenbach, teremos o Ballet
Festival, que Marília Franco criou especialmente para Joshey Leão e Aracy de
Almeida, indiscutivelmente a maior dupla de bailarinos do Brasil. Um conjunto
de 32 bailarinas e 8 bailarinos completam a dança.”
1977
Festival de balé dia 30 no S. Paulo
Jornal Notícias Poppulares
22 de abril de 1977
1704-1
29/04/1977
Festival de balé dia 30 no S. Paulo
Realiza-se no próximo dia 30, às 20 horas o I Festival de
Balé no São Paulo Futebol Clube, av. Giovanni Groncchi. A convite de sua
superintendência, estará para abrilhantá-lo, “Joshey Leão”, a expressão máxima
do balé brasileiro, considerado pela crítica, como um dos melhores expoentes
desta arte, tendo recebido através da Câmara municipal, o título de artista
emérito, prêmio este jamais concedido a outro bailarino brasileiro.
No programa constará, seu bailado “Abelardo e Heloisa”, onde
dançará com sua partner Cristina Marcelino. A coordenação do espetáculo estará
sob a responsabilidade da sra. Maria Helena Prado, coreografia dos
divertissements, a cargo da bailarina e profa. Cristina Marcelino.
Os convites poderão ser retirados no local, para que
apreciadores desta arte, de grande beleza artística, possam prestigiar este
intérprete do ballet nacional que se chama Joshey Leão.
Legenda da foto: Abelardo e Heloisa”
Corpo de Baile: inscrições abertas
Jornal Diário da Noite
22 de setembro de 1977
1705-1
22/09/1977
CORPO DE BAILE: INSCRIÇÕES ABERTAS
O Departamento de Teatros da Secretaria Municipal de Cultura
abriu inscrições para o preenchimento de vagas no Corpo de Baile do Municipal,
na categoria de bailarino.
O prazo de inscrição vai até 5 de outubro, no próprio
teatro. Aos interessados residentes fora da Capital será facultada a inscrição
até o dia 10 de outubro. Os aprovados serão contratados a partir de fevereiro,
por três meses, podendo ou não ser renovados por um ano.
ENCONTRO DE DANÇA
Com o propósito de unir a classe para mútuas colaborações,
grupos do baile e bailarinos deste que promovem de hoje até a próxima
segunda-feira, sempre às 20 horas, uma série de debates e espetáculos de dança
no Teatro João Caetano (rua Borges Lagoa, 650). Reservas e outras informações
poderão ser obtidas pelo telefone 240 6806.
Joshey Leão e Elenice Ferreira no «Encontro da Dança»
(legenda da foto)”
O mundo do ballet no Círculo Militar
Jornal Folha de São Paulo
11 de novembro de 1977
1722-1
11/11/1977
O Mundo do Ballet no Círculo Militar
“O Mundo Fantástico do Ballet” é o espetáculo deste sábado,
com início às 21 horas, no Círculo Militar de São Paulo (rua Abílio Soares,
1589). No elenco estão Joshey Leão (bailarino premiado pela Câmara Municipal de
São Paulo com o título de “Artista Emérito”), Mozart Xavier, Mariana Natal,
Toshie Kobayashi, Sérgio Royer, Vania Greibus, Sandra Vallone, Dinamar
Ferreira, Eduardo Bonni e Antonio Carlos Gomes. O programa compreende 23
bailados. Alguns deles D. Quixote (com música de Minkus), La Perl (Delibes), Música
tema do filme Rocky: Um Lutador. As coreografias são de Mozart Xavier, Toshie
Kobayashi, Sérgio Royer, Eduardo Boni e Marília Franco. Os convites custam
50,00 e as reservas de lugar podem ser feitas pelos telefones: 284-7511 e
279-5676.”
Uma noite de balé no grande salão do Anhembi
Jornal Folha de São Paulo
7 de dezembro de 1977
1703-1
07/12/1977
Uma noite de balé no grande salão do Anhembi
Um espetáculo especial marca hoje o encerramento do ano
letivo da Escola Municipal de Bailado. Joshey Leão, bailarino convidado, ao
lado de Vania Greibus, vai dançar “La Peri”, e serão apresentadas as formandas
do ano, nos bailados “Triziene”, “Pas” e ”Lassique”.
O conjunto de balé da Escola participará nos bailados ”La
Peri” e “Grande Valsa Brillante”, sob direção de Marília Franco.
Às 20:30 h, no Palácio das Convenções do Anhembi. Entrada
grátis.”
1978
Espetáculo de ballet nos 31 anos do Círculo Militar
Joranl Notícias Populares
23 de maio de 1978
1702-1
23/05/1978
Espetáculo de ballet nos 31 anos do Círculo Militar
Joshey Leão, o grande nome da noite.
Em homenagem aos 31 anos do Círculo Militar será apresentado
gratuitamente, hoje, às 21 horas, o espetáculo “Mundo Fantástico do Ballet”,
com a participação especial do bailarino Joshey Leão. A apresentação é
patrocinada pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura e
Tecnologia. O espetáculo oferecerá números de ballet clássico, folclore,
moderno e jazz. O elenco é composto de 60 bailarinos e de consagrados nomes do
ballet brasileiro. A direção é de Mariana Natal e a produção de Antonio Lotti.
A TV 2 Cultura estará presente ao evento, na própria sede do Círculo.
23/05/1978”
Joshey Leão e Mariana Natal
Jornal Folha de São Paulo
10 de junho de 1978
1701-1
10/06/1978
Joshey Leão e Mariana Natal no balé “La Cumparsita”, só hoje no Teatro Cultura Artística. (legenda de foto)